
Prevalência da Obesidade Infantil em Portugal
Estudos internacionais recentes
revelam que a prevalência de excesso de peso e
obesidade, na infância e adolescência, tem vindo
a aumentar rapidamente em todo o mundo. Portugal
não é excepção, também se tem assistido a um
aumento da prevalência de jovens obesos.

Fonte: OMS, 2006
Estudos
recentemente realizados em países europeus (Lobstein
e col., 2004) vieram comprovar que Portugal,
Grécia, Itália e Espanha aparecem no topo da
lista dos países com aumento da prevalência de
excesso de peso em crianças e adolescentes.
Portugal e outros países do Sul da Europa
evidenciam valores de excesso de peso nas
crianças entre os 7-11 anos que já ultrapassam
os 30% e em crianças dos 3 aos 6 anos
portuguesas já foi evidenciado 23,6% de excesso
de peso, mostrando que esta conjuntura começa
cedo, agravando-se com a idade (Rito e Breda,
2006).
Em cerca de 4500 crianças do continente
português, verificou-se que 33,7% das raparigas
e 29,5% dos rapazes têm excesso de peso ou
obesidade (Padez e col., 2002), valor que é dos
mais altos do continente europeu.
Os factores apontados como causas principais
para este fenómeno prendem-se com um estilo de
vida sedentário e hábitos alimentares pouco
saudáveis e desequilibrados, podendo ter
implicações graves na saúde dos jovens.
Num trabalho realizado com adolescentes do grande Porto (Mota
e col. 2000), foi demonstrado que a prevalência
de obesidade, em idades compreendidas entre os 8
- 13 anos, oscilou dos 4 aos 11,1%.
Outro estudo efectuado na área metropolitana do
Porto, mostra que 14% dos rapazes e 17,3% das
raparigas apresentam excesso de peso e 5,2% dos
rapazes e 8,5% das raparigas são obesas (Amaral
e col., 2003).
Oliveira (2006), avaliou a prevalência de
obesidade e excesso de peso na população
infantil, no Concelho da Ribeira Grande, tendo
obtido as seguintes conclusões: de acordo com a
classificação de Cole, 28,9% de crianças
apresentam excesso ponderal, das quais 18,6% tem
excesso de peso e 10,3% tem obesidade.
Estes números dão que pensar, pois revela-nos as
proporções gigantescas que este flagelo social –
obesidade infantil - está atingir, sendo
necessário adoptar medidas que visem a sua
regressão.
Fonte: American Heart Association, British
Medical Association,
OMS.
Autora:
Carla Marisa Maia Moreira (2007) : (Email:
carla_m_moreira@sapo.pt)
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